-
10.00€
Tendo chegado à estação, ambos cansados da viagem de comboio, perceberiam que ninguém os esperava. Felizmente, o chefe da estação, que era um homem prestável e perspicaz, após ter ouvido as queixas de ambos, percebeu que alguém, com certeza, não tinha recebido o bilhete anunciador da sua chegada. Não se fazendo rogado, este mandou vir transporte, isto é, um moço e uns burros que os levariam à quinta. Eça de Queiroz, que já não aguentava o corpo, agradeceu-lhe dizendo que a montada era uma ótima solução.
-
16.50€
Chegados a Lisboa em junta médica, Cartola e Aquiles descobrem-se pai e filho na desventura, sobrevivendo ao ritmo da doença, do acumular de dívidas e das cartas e telefonemas trocados com a família deixada em Luanda. Até que num vale emoldurado por pinhal, nas margens da cidade mil vezes sonhada pelo velho Cartola, encontram abrigo e fazem um amigo.
-
11.90€
É um Portugal realmente presente que ele interroga e que o interpela. É a sua província, a sua capital, os seus pasmosos habitantes, os costumes, os sonhos medíocres hipertrofiados, a inenarrável pretensão de tudo quanto é ou parece ser “gente” num país sem termos de comparação que possam equilibrar essa doce paranóia de grandezas engendradas a meias pelo tédio e pela falta de imaginação, que Eça pinta, caricaturalmente sem dúvida, mas para melhor reduzir a massa confusa do detalhe proliferante à sua verdade palpável.
-
13.90€
Esta é a história de Gonçalo Mendes Ramires, um dos grandes heróis queirosianos. Último descendente de uma antiga família aristocrática, cujas origens remontam aos tempos dos reis suevos, carrega em si o peso dos gloriosos feitos dos seus antepassados. Contudo, não consegue ombrear com essa memória. Empobrecido, com um carácter hesitante e fraco que o aprisiona e humilha, sonha libertar-se. Gonçalo quer viver, criar obra, honrar a história familiar.
-
17.00€
Quem é que se atreve a fritar batatas com a garantia da qualidade das mãos do grande prosador Ramalho Ortigão? Quem prepara umas perdizes como o grande Fialho de Almeida ou Bulhão Pato e se atreve a dizer – e com razão – que as ameijoas à sua maneira, afinal, são da autoria de um grande cozinheiro chamado João da Matta? Quem era tão magrinho como Eça e falava tanto da paparoca como ele?
-
19.80€
A gastronomia é tema recorrente na obra queirosiana – o jantar é a refeição mais repertoriada – 560 vezes, a que se segue o almoço 232 e 176 ceias! O café é apreciado 209 vezes pelas personagens romanescas, o chá 185, o pão 192, sopa 77, etc. A frequência e intensidade das descrições oscila com a intenção do autor retratar psicológica e socialmente a personagem ou o ambiente envolvente. A gastronomia tempera e condimenta o estilo requintado e sensual de Eça.
-
15.50€
Este é um livro de duas recusas. Recusa do amor físico, uma; recusa do trabalho, a outra.
«José Matias», admirável e bizarro conto de Eça de Queiroz, publicado em 1897, narra um anacrónico e aberrante caso de amor platónico.
«Bartleby», admirável e bizarro conto de Herman Melville, publicado em 1853, narra um anacrónico e aberrante caso de recusa do trabalho.
-
5.00€
Vinho verde clássico com um aroma cativante e uma frescura impressionante que demonstra bem o terroir da sub-região de Baião. Os solos graníticos formam terraços à volta da casa de Tormes, um antigo solar que foi uma “estrela” do último livro do Eça – A Cidade e as Serras, e este vinho serve como a nossa homenagem também ao grande escritor que no fin-de-siècle retrasado visitou e se apaixonou por estas terras do Douro Verde.
Ficha Técnica