Informação adicional
Ano de Edição | 2024 |
---|---|
Autor | Teresa Pinto Coelho |
Editor | Tinda da China |
Encardenação | Capa Mole |
ISBN | 9789896718732 |
N.º de Páginas | 368 |
Dimensões (C x L x A) | 13.1 × 2.2 × 18.6 cm |
Peso | 400 g |
17.83€
Uma viagem formativa orientalista e orientalizante para o curioso, irreverente e ousado jovem Eça, abrindo-lhe novos horizontes estéticos, culturais e políticos.
Em 5 de Novembro de 1869, um jovem Eça de 23 anos chega a Alexandria após o convite irresistível para assistir às cerimónias de abertura do Canal de Suez. Este livro reconstrói e estuda a viagem queirosiana ao Egipto — que ficaria registada pelo autor em apontamentos e artigos de jornal —, apresentando-nos o seu Orientalismo complexo, enquadrado numa moda orientalista que Eça conhece, utiliza e, sobretudo, reinterpreta.
É aqui, e depois na Palestina e no Líbano, que Eça de Queirós começa a ultrapassar os constrangimentos dos jovens da sua época para se transformar num europeu moderno, num jornalista político e num autor transnacional. Põe ousadamente em causa alguns dos seus valores, «despe o fato» de fazenda europeia e entrega-se ao caótico, ao não policiado, ao sensualismo, à multidão ondulante e às cores quentes do deserto.
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Ano de Edição | 2024 |
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Autor | Teresa Pinto Coelho |
Editor | Tinda da China |
Encardenação | Capa Mole |
ISBN | 9789896718732 |
N.º de Páginas | 368 |
Dimensões (C x L x A) | 13.1 × 2.2 × 18.6 cm |
Peso | 400 g |
Uma viagem formativa orientalista e orientalizante para o curioso, irreverente e ousado jovem Eça, abrindo-lhe novos horizontes estéticos, culturais e políticos.
Em 5 de Novembro de 1869, um jovem Eça de 23 anos chega a Alexandria após o convite irresistível para assistir às cerimónias de abertura do Canal de Suez. Este livro reconstrói e estuda a viagem queirosiana ao Egipto — que ficaria registada pelo autor em apontamentos e artigos de jornal —, apresentando-nos o seu Orientalismo complexo, enquadrado numa moda orientalista que Eça conhece, utiliza e, sobretudo, reinterpreta.
É aqui, e depois na Palestina e no Líbano, que Eça de Queirós começa a ultrapassar os constrangimentos dos jovens da sua época para se transformar num europeu moderno, num jornalista político e num autor transnacional. Põe ousadamente em causa alguns dos seus valores, «despe o fato» de fazenda europeia e entrega-se ao caótico, ao não policiado, ao sensualismo, à multidão ondulante e às cores quentes do deserto.
O périplo pelo Oriente mediterrânico é para Eça uma Bildungsreise, uma viagem de formação e de mundividência, que lhe vai abrir as portas para o novo universo cultural, estético, intelectual e político que perseguirá ao longo da vida. «Na Primavera de 1869, estávamos uma tarde — o Antero de Quental e eu — na casa que então habitávamos a São Pedro de Alcântara, quando entrou o Eça de Queirós, chegado, havia pouco, do Oriente, mas que ainda não víramos.
Trajava uma longa sobrecasaca aberta de cuja botoeira saía, com coloridos, um enorme ramo de flores; cobria lhe o peito, em relevo, um plastron que nos pareceu imenso, sobre o qual se erguia um colarinho altíssimo, onde a custo a cabeça oscilava. Os punhos, que botões uniam pelo centro com uma corrente de ouro, encobriam grande parte das mãos metidas em luvas cor de palha. Vestia calças claras, arregaçadas alto, mostrando meias de seda preta com largas pintas amarelas como ouro e sapatos muito compridos, ingleses, de polimento. Tinha na cabeça um chapéu alto, de pêlo de seda brilhantíssimo. E olhava-nos com um monóculo que lhe estava sempre a cair e que ele, por isso, elevando as sobrancelhas e abrindo a boca em esgares sarcásticos, amiúde reentalava junto da lacrimal do olho direito.» — Jaime Batalha Reis, 1903
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