Informação adicional
Autor | Maria Antónia Goes |
---|---|
Editor | Colares Editora |
Encardenação | Capa Mole |
ISBN | 972-782-159-6 |
N.º de Edição | 2.ª |
N.º de Páginas | 230 |
Dimensões (C x L x A) | 15.5 × 1.3 × 22.4 cm |
Peso | 250 g |
19.80€
A gastronomia é tema recorrente na obra queirosiana – o jantar é a refeição mais repertoriada – 560 vezes, a que se segue o almoço 232 e 176 ceias! O café é apreciado 209 vezes pelas personagens romanescas, o chá 185, o pão 192, sopa 77, etc. A frequência e intensidade das descrições oscila com a intenção do autor retratar psicológica e socialmente a personagem ou o ambiente envolvente. A gastronomia tempera e condimenta o estilo requintado e sensual de Eça.
Autor | Maria Antónia Goes |
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Editor | Colares Editora |
Encardenação | Capa Mole |
ISBN | 972-782-159-6 |
N.º de Edição | 2.ª |
N.º de Páginas | 230 |
Dimensões (C x L x A) | 15.5 × 1.3 × 22.4 cm |
Peso | 250 g |
A gastronomia é tema recorrente na obra queirosiana – o jantar é a refeição mais repertoriada – 560 vezes, a que se segue o almoço 232 e 176 ceias! O café é apreciado 209 vezes pelas personagens romanescas, o chá 185, o pão 192, sopa 77, etc. A frequência e intensidade das descrições oscila com a intenção do autor retratar psicológica e socialmente a personagem ou o ambiente envolvente. A gastronomia tempera e condimenta o estilo requintado e sensual de Eça. A sua escrita é metodicamente cerzida com a sua leitura do mundo. Os atavios que constituem o cenário de uma refeição – as louças, as toalhas, os cristais -, o espaço físico em que desenrola interior/exterior, casa/paisagem, os convivas que contracenam, permitem ao escritor construir com génio e segurança a sua ficção realista, revelar-nos aspectos da sociedade portuguesa do séc. XIX. É notória a influência francesa nas artes culinárias. O snobismo gastronómico da época leva à utilização de palavras francesas nos cardápios (…)
Em Portugal João da Mata é o ícone da cozinha no séc. XIX. Eça de Queirós gastrónomo, esteta da arte de comer não nos legou receitas, não praticou a arte culinária, mas deixou-nos um pormenorizado e rico levantamento da cozinha da época. Daí a oportunidade deste livro À Mesa com Eça de Queirós em que foi dado corpo de receita aos pratos mencionados pelo ilustre escritor, graças ao metódico e apaixonado trabalho desenvolvido por Maria Antónia Goes. Arquitecta de formação e gastrónoma de coração, com esta obra À Mesa com Eça de Queirós dá um precioso contributo para a história da cozinha em Portugal no séc. XIX. Procedeu à recolha e selecção das transcrições gastronómicas de Eça e identificou com o rigor que lhe é apanágio as receitas da época, recorrendo a livros de receitas do séc. XIX e só em casos excepcionais, e sem recurso a outra fonte, “compôs” a receita que lhe pareceu ajustada. Para além de uma estudiosa apaixonada de gastronomia, Maria Antónia Goes é uma excelente cozinheira, uma chefe, conforme tivemos oportunidade de constatar durante uma série de cursos de cozinha que coordenou no Alentejo. Pensamos mesmo que o seu vizinho, o escritor Fialho de Almeida teria seguramente apreciado as suas perdizes de escabeche.
Do prefácio
Loy Rolim
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