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Quem é que se atreve a fritar batatas com a garantia da qualidade das mãos do grande prosador Ramalho Ortigão? Quem prepara umas perdizes como o grande Fialho de Almeida ou Bulhão Pato e se atreve a dizer – e com razão – que as ameijoas à sua maneira, afinal, são da autoria de um grande cozinheiro chamado João da Matta? Quem era tão magrinho como Eça e falava tanto da paparoca como ele?
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| Autor | José Viale Moutinho |
|---|---|
| Editor | Colares Editora |
| Encardenação | Capa Mole |
| N.º de Páginas | 158 |
| Dimensões (C x L x A) | 15.5 × 1 × 22.5 cm |
| Peso | 250 g |
Quem é que se atreve a fritar batatas com a garantia da qualidade das mãos do grande prosador Ramalho Ortigão? Quem prepara umas perdizes como o grande Fialho de Almeida ou Bulhão Pato e se atreve a dizer – e com razão – que as ameijoas à sua maneira, afinal, são da autoria de um grande cozinheiro chamado João da Matta? Quem era tão magrinho como Eça e falava tanto da paparoca como ele? Já Camilo punha altares ao caldo verde e às tripas, que Fernando Pessoa só as conhecia de longe! Júlio César Machado punha o seu barrete de cozinheiro para fazer uma caldeirada de truz e João Penha fazia sonetos ao presunto e ao salpicão! Eugénio de Castro erguia o seu cálice de Porto e fazia chim-chim com António Nobre? Wenceslau de Moraes trata do chá e Camilo serve o café. Estão a ver Garrett com um ananás na mão? Ah, e o abade de Jazente a rir-se dos preços às portas de Amarante?
Na colecção de gastronomia da Colares Editora esta obra reúne à volta da mesa as sugestões de alguns escritores que a visão e o paladar de José Viale Moutinho convocam para uma festa, com a irreverência e o humor da sua escrita.
Galardoada com o Grande Prémio da Literatura Gastronómica pela Academia Portuguesa de Gastronomia, quis a Colares Editora juntar em volta da mesa Literatura e Gastronomia, na sequência do que já havia feito com Fialho de Almeida, Ela de Queirós e Camões. Ao trabalho realizado sobre a História da Alimentação junta-se aqui esta voz policromada de sabores, da Galiza ao Japão, presidida pelo olhar atento de escritores portugueses que num espírito fraterno e bem disposto nos estimulam o apetite e nos convidam à leitura.
Na versão definitiva desta obra (1880), conjugam-se três factores já previamente salientes na carreira de Eça mas cuja importância relativa e cujo significado se irão modificando: um dado propósito de crítica social contemporânea; uma dada percepção de como determinadas personagens, enganando as outras, se enganam afinal a si próprias, fingindo acatar pautas morais de comportamento; e uma certa auréola de sonho que elas exalam.
Em 1879, Eça redige de um fôlego O Conde d’Abranhos, que apenas seria postumamente publicado e que constitui a sua mais contundente crítica romanceada da intriga política constitucional. (O editor chegou a propor que se publicasse sem indicação de autoria.)
O colóquio “Diálogos com Eça no Novo Milénio”, de que agora se editam as respectivas Actas, teve lugar no Palácio Fronteira em Lisboa, a 30 de Maio de 2001. Fruto da iniciativa dos seus três organizadores, Ana Nascimento Piedade, Ana Isabel Vasconcelos e A. Campos Matos, este colóquio contou com a participação de nomes prestigiados dos estudos queirozianos e da crítica portuguesa.
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A proposta de Beatriz Berrini focaliza novos ângulos de análise de A Relíquia, além de trazer uma enriquecedora contextualização da obra. Especialmente interessante é a inovadora consideração de incluir elementos a respeito do que representou para o0s europeus, no século XIX, o Oriente Próximo.
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